Vou começar falando um pouco dessa planta que vive boiando por ai nos açudes e lagoas e que costuma ser a toca de muitas traíras GIGANTES que é a Pistia Stratiotes ou comumente chamada de ALFACE D'ÁGUA ou "SANTA LUZIA".
Essa espécie surgiu na América tropical e é caracterizada pelas flores pequenas e folhas verde-claras de textura aveludada em forma de roseta; alguns peixes a utilizam como alimento.
O conjunto de raízes abriga alevinos e outros seres vivos que buscam proteção e alimento. Funciona muito bem como berçário.
é um otimo filtro natural, com suas raízes longas e com finos pelinhos em suas raízes absorvem sujeiras que causam o mau odor na água e também juntam sujeiras maiores em cima de suas folhas. Planta aquática muito rústica e pouco exigente. Muitas vezes torna-se até uma planta daninha, devido à sua rápida multiplicação.
Aprecia o calor e o sol e deve ser cultivada em água livre de cloro e outros produtos químicos. Como é flutuante não necessita substrato algum. Se a água for fertilizada com matéria orgânica se espalha rapidamente. Multiplica-se por separação das mudas que se formam em torno da planta mãe.
É um ótimo berçário para os alevinos de traíras e juvenil que ficam escondidas entre a "Santa Luzia" se alimentando de pequenos insetos, girinos, filhotes de peixes menores até atingir um tamanho desejável e não ser predado tão facilmente até por outras traíras.
Na vegetação flutuante dominada por “santa luzia” (cicuta), a traíra ficará entre suas raízes e próxima à superfície. Uma grande traíra prefere a “santa luzia” por poder se movimentar livremente entre suas raízes e por este tipo de vegetação dar eficiente cobertura contra a luz que vem de cima. Dessa forma, o predador fica na sombra, imóvel e invisível aos peixes que passarem por ela.
Imagine uma traíra na sombra de uma vegetação bem compacta (“Santa Luzia”)!
Ela estará invisível às potenciais vítimas de sua voracidade, em posição perfeita para surpreendê-las. Não existem lugares bons assim para todas as traíras! As menores são preteridas pelas maiores e podem passar alguma dificuldade em caçar, permanecendo com fome. Isto explica porque as maiores quase nunca batem em iscas mortas, apenas uma traíra com fome comeria um lambari morto (algo morto pode conter uma doença, um veneno, dar “dor de barriga”,...; é arriscado!), enquanto se captura até traíras de “barriga cheia” com “iscas artificialmente vivas (quanto mais movimento, menor o risco)”. Como uma grande traíra prefere caçar no limite entre a vegetação “Santa Luzia” e a água livre (ao menos antes de escurecer de vez, aí ela dá uma volta ou se enfia na vegetação), temos mais uma razão para as maiores quase sempre serem pegas com as artificiais.
AGUAPÉ OU "GIGOGA" ( Eichhornia )
É uma planta infestante de sistemas fluviais e lagunares urbanos. É, por isso, considerada uma planta daninha e aparece frequentemente em canais de irrigação, represas, rios e lagoas. Nos rios da Amazônia, é comida por peixes e mamíferos aquáticos herbívoros. Na ausência destes animais, e em corpos de água eutrofizados, reproduz-se com muita facilidade, entupindo-os rapidamente. A sua introdução nos sistemas de água das cidades brasileiras deve-se justamente a sua característica de absorver e acumular poluentes, "filtrando" a água. Porém, quando em abundância, impede a proliferação de algas responsáveis pela oxigenação da água, causando a morte dos organismos aquáticos.
A “braquiára” serve de esconderijo aos pequenos, a própria grande traíra, e seu ninho; e embora seja a “casa " de uma grande traíra, quando sozinha acaba sendo um lugar ruim para pescar por não dar sombra eficaz em seus limites e dificultar a movimentação de um grande peixe, que tende a ficar mais para o fundo, ou em local mais raso e favorável.
Quando denso, o capim “braquiára” assegura escuridão constante, mas longe de nossas iscas. A “braquiára” será pródiga, pois é o esconderijo dos pequenos como um lambari, desde que a profundidade não seja excessiva, e que esteja cercada por alguma “cicuta” (ou outra vegetação flutuante) compacta. A moita de “aguapé” não é muito boa para traíra por sua sombra não ser tão boa (se não tiver a “santa luzia” ao seu redor), mas, assim como o capim “braquiára” , pode servir de apoio para a estabilização da “santa luzia”, ou para amarrar o barco (é melhor na braquiára).
Se houverem dois locais com muita vegetação, procure ficar onde ela for mais densa, pois será mais escuro embaixo dela. Sempre, quanto mais houver vegetação, menos barrenta será a água (as raízes ou qualquer obstáculo à correnteza servem como decantadores, limpando a água e adicionalmente, a água reduz drasticamente sua velocidade, o quê ajuda a assentar as impurezas). Na foto acima, um montão de capim “braquiára”.
A ninféia-branca é uma planta aquática adaptada às margens de rios calmos ou lagos, em regiões de clima temperado. Suas folhas são grandes, emersas, semi-flutuantes, cordiformes, coriáceas, brilhantes, de coloração verde-escura na página superior e avermelhada na inferior. Elas são sustentadas por longos pecíolos que ligam-se ao rizoma, carnoso e horizontal, enterrado no fundo do lago. As flores solitárias surgem em longos pedúnculos, são brancas com muitos estames de anteras amarelas. São hermafroditas e podem se autopolinizar, assim como podem ser polinizadas por insetos. O fruto formado é do tipo aquênio, com sementes que se dispersam pela água.
É uma planta belíssima para adornar espelhos d'água, principalmente em regiões de clima temperado e subtropical, onde outras ninféias mais populares podem não se adaptar muito bem. Durante o inverno, a ninféia-branca perde suas folhas e entra em dormência, auxiliando na iluminação do lago. Na primavera sua folhagem rebrota e ela pode fornecer sombra e abrigo para os animais aquáticos durante os períodos mais quentes. Adapta-se a ambientes bastante poluídos, auxiliando na recuperação ecológica do lago. A ninféia tolera baixas temperaturas e aprecia o clima ameno.
A “taboa” não é lugar de traíras grandes , pois não dá boa sombra. Só para ver se ficou claro, não importa o tipo de vegetação (ou outra cobertura qualquer, inclusive troncos, outras vegetações...)! Ela serve apenas de abrigo contra a luz que denunciaria qualquer movimento da predadora.
Suas raízes devem permitir seu livre movimento, considerando também a profundidade do local (tem de haver um pequeno espaço livre sob suas raízes). Se esta vegetação for ou estiver compacta em seu l imite com a água, dará boa sombra e será um bom lugar para a traíra atacar. Observe que a traíra quer se esconder entre as raízes e o fundo, portanto, ela sempre estará bem no cantinho entre as raízes e o fundo. Por isso, é importante avaliar o comprimento das raízes das plantas e a profundidade onde se encontra esta planta!
A traíra tem a sua própria leitura das águas, ou melhor, antes de tentar comer sua presa, ela avalia a chance de “se dar mal” e evita gastar energia à toa, ainda espantando outras vítimas potenciais! Portanto, não é a toa que a traíra é o predador que mais e melhor avalia sua chance de sucesso em um ataque, um ataque mal sucedido pode estragar o “pesqueiro da traíra”.
Quem está acostumado a pescar em um mesmo local certamente observará que a situação (o exato local, o trabalho da isca, a forma do ataque, e horário) em que a traíra ataca é repetitiva. Tanto é assim que observei que existem basicamente alguns momentos e formas de uma traíra atacar:
Preparação: a traíra atenta para a possibilidade de “se dar bem” com um ataque em
determinada direção (onde sua isca passa repetidamente), se vira para este lado e nada bem devagarzinho para a beirada da vegetação onde nossa isca passou, mas pára aí. Ela se limita à espreita sem sair da sombra que a oculta. Na cabeça do predador, a isca passando repetidamente no mesmo lugar parecerá com um cardume, e ela não desconfia que seja apenas uma única isca. Não é comum pegar a traíra no primeiro lançamento “perfeito” (lançamento que passou onde nós planejamos, embaixo da vegetação e bem na cara da traíra), pois ela sempre observa e se prepara para depois atacar (exceto na escuridão, quando o momento pode não acontecer).
Posicionamento: a traíra sai de onde está (escondida, oculta, “paradona” à espreita...) em trajetória quase perpendicular à trajetória da isca, alcançando sua “zona cega” e preparando-se para a aproximação.
Observação: a zona cega de um lambari (e de outros peixes) é atrás e abaixo deste (por causa da posição de seus olhos). Este momento se resume na traíra ir para esta zona cega. Normalmente, ela não irá tentar atacar uma presa se ela passar a mais de 1 metro, a não ser na escuridão absoluta, quando esta “janela de ação” pode se alargar para uns 2 ou mais metros.
Aproximação: furtiva, lentamente a traíra se aproxima de sua presa tentando não ser vista (mantendo-se na zona cega).
Bote: a traíra desfere um ataque rápido, e morde arrancando um pedaço da vítima, se esta não couber inteira em sua boca. Notável o uso constante da sucção neste momento, sugando a vítima para dentro da boca.
Simplesmente dando um bote, se sua presa passar “na cara”, a tal distância que a aproximação seja dispensável. Este ataque ocorre quando a presa se aproxima demais, pois neste caso a traíra prefere iniciar o ataque antes que seja percebida e sua presa inicie uma fuga.
Neste caso, o ataque pode ser desferido por qualquer lado, embora exista uma clara propensão a atacar a cabeça, pois será pouco útil uma tentativa de fuga da presa. O encastoamento pode interferir, causando uma má ferrada por fora da boca ou no “lábio” do peixe (a traíra se sacode e foge, o mesmo que ocorre com as pequenas). Como esta forma de ataque ocorre mais durante o dia, temos mais uma razão para pescar a noite ou ao crepúsculo.
O macete é evitar colocar a isca tão perto assim da traíra, comece jogando um pouco mais longe (permitindo a traíra se preparar para atacar) e vá progressivamente lançando cada vez mais próximo da traíra até obter uma ação.
Por baixo: Aproximação junto ao fundo, geralmente por usar a sombra inclinada da vegetação, e o bote em direção ascendente (ligeiramente por trás). Geralmente ocorre no lado sombreado (sombra dentro d‟água) da vegetação. Ocorre mais durante o dia (podendo ocorrer sob luar, ou em lugares meio-profundos), aliás, esta forma de atacar se explica pela sombra inclinada da vegetação (dentro d‟água, no lado da moita oposto ao Sol ou Lua), que a traíra aproveita para evitar revelar sua presença prematuramente ao bote (de dia, a traíra tenta se camuflar para poder se aproximar). Este ataque permite ao predador uma perfeita visão da silhueta da presa, com o céu como fundo, mesmo que haja grande diferença de profundidade entre presa e predador (muitos peixes predadores usam este ataque pelas mesmas razões).
Por ferrar apenas na garatéia ventral, pode deixar a traíra escapar (convém usar um alicate de contenção para retirar o peixe d‟água).
Posicionando-se por trás. “FASE DA APROXIMAÇÃO”: dirigindo-se para trás de sua presa a uma distância suficiente para não ser percebida neste nado lento (buscando ficar na zona cega de sua presa) e o “BOTE”: quando a traíra nada na sua velocidade máxima, e abocanha (sugando) sua presa. Pode ocorrer durante o dia quando à distância para o bote é pouco menor que a distância em que a isca passa, e quando a isca passa em profundidade considerada ótima (uns 40 a 60 cm, na cara do peixe!), e é o ataque que mais ocorre na escuridão (na escuridão, a traíra tenta fazer com que seu ataque seja rápido, antes que a vítima se vire e olhe para trás). É a melhor forma de ataque para uma dupla ferrada (quando a traíra engole a isca), e a isca ideal para este ataque é uma “shallow runner” (isca alongada de meia-água) por ser o tipo de isca mais facilmente engolida no ataque por trás.
A traíra tem excepcional visão, inclusive noturna, e embora seu cérebro seja diminuto, ela possui uma incrível habilidade para perceber movimentos, supostamente 40 vezes superior à habilidade humana (de outros predadores, dentro e fora d‟água, também).
Se a isca se mexe, a traíra a entende como viva e apetitosa e “mete o dente” nela (a traíra não é seletiva em seu cardápio, basta estar vivo, isto é, se mexer, e parecer caber em sua bocarra. Em sua dieta habitual, figura em primeiro lugar os peixes menores, inclusive traíras com metade do comprimento de seu corpo passam em sua boca. Em segundo lugar, rãs e insetos grandes e depois, se a fome bater, peixes que não passam em sua boca...).
Pode parecer que um lambari não se mexa quando colocado no anzol, mas sua boca abre e fecha para respirar, assim como suas guelras... mesmo que estas não sejam chamativas. Como as iscas artificiais possuem movimento exuberante, barulho (“rattlin”) e cor, não é por acaso que as traíras as adoram.
O refugo é quando a traíra, bem como outros peixes, reconhecem a isca e dão meia volta pouco antes de “bocarem” a isca! Quando um peixe ataca uma isca artificial e se dá mal, ele memoriza a situação e a evita, mas como ele é “burro”, podemos enganá-lo facilmente, trocando apenas a cor da isca (isto, quando ele não ataca a mesmíssima isca...). Passados alguns dias ou semanas, ele esquece do ocorrido, e se esse estímulo não for constante, volta a atacar a mesma isca.
“Rattling”, encastoamento, distorcedor, cor exuberante e ação excessivamente errática podem ajudar o peixe a “reconhecer” a isca. Uma isca que simule um bagre ou uma traíra será abordada com mais cuidado, sendo mais fácil acontecer um refugo!
Como a traíra é um predador solitário, “ territorialista ” , e “canibal”, não é comum encontrarmos duas delas grandes, juntas, e como ela prefere caçar nos limites entre ao amanhecer e ao escurecer (ao menos antes de escurecer de vez, aí ela dá uma volta ou se enfia na vegetação).
Podemos imaginar porque as maiores geralmente são pegas com as artificiais, embora nada impeça que a isca viva funcione com qualquer tamanho de traíra. Mesmo assim, não se esqueça de que uma isca artificial parece ainda mais viva e chamativa.
Em suma rapaziada: A Hoplias pode ser maluca por qualquer coisa que se mexa na flor d'agua, mas garanto que depois de um tempo ela começa a analisar a isca e acaba sumindo do nada e seu troféu, quem sabe, suma aquele dia, e tudo por causa da tua
AÇÃO: observar se a traíra está pulando nas beiradas ou entre os capins e aguapés por está indo atrás de presas como: Pererecas e Lambaris.
TEMPERATURA: Tanto ambiente como o da água pois, como todos nós sabemos, traíra gosta mesmo é de dia quente e água quente e fim de papo!
TEMPO: Observar se com a chuva que acabara de cair, não sujou a água ou se deixou turva por demais que a coitada malemá enxerga a isca a um palmo diante dela.
LUA: No caso da pescaria semi-noturnas ou noturnas, pois com a lua cheia dá pra se enxergar a isca sendo trabalhadas por nós e evitar lançar em enrosco ou não conseguir visualizar um bote rápido.
LOCAL DA PESCARIA: Esse é um dos principais itens, pois conhecendo o lugar, você tem mais chance de pinxar traíras grandes pelo fato de não ficar perdendo tempo com lugares poucos promissores e que aquela isca sua não estará fazendo efeito algum... tipo uma perereca artificial em um local limpo e sem estruturas por exemplo.
Observar também o horário no relógio pois, isso também influencia e bastante. Aqui no sítio é bem isso que acontece na pescaria das hoplias aqui no sertão do mato:
De 02:00 a 04:00 hs: Parece que todos estão dormindo, sendo esta hora marcada por nevoeiro e frio (nevoeiro sempre prenuncia má pescaria, pois o local estará iluminado difusamente se houver qualquer cidade próxima). Além disso, mesma situação que ocorre entre 20 e 22h se repete, quando estarão novamente de barriga cheia, ou estão enfiadas na vegetação e fora de alcance; mas..., se as condições forem boas (especialmente, falta de nebulosidade e escuridão) pode tentar que pode dar boa! Convém salientar que o nevoeiro é que marca o início deste momento! De forma que o horário indicado é apenas uma forma didática de explicar como os momentos se sucedem.
Entre 04:00 e 07:00 hs: (ou melhor, entre uma hora do nascer do sol e uma hora após), aos primeiros raios de sol, novamente os mosquitos, os lambaris (e as traíras) se agitam, embora menos, caso esteja frio. Ao fim da noite e amanhecer, o mesmo que ocorre ao entardecer se repete. Basicamente, este horário só não é produtivo se estiver muito frio, mas como o frio é regra neste horário (dependendo da época do ano)... Quem pesca no anzol pode ter bom proveito neste horário, pois uma traíra que iria “dormir” de barriga vazia poderá entrar. Novamente, a traíra não quer estragar seu “pesqueiro”; de forma que este momento pode ser mais produtivo com anzol que com artificiais.
Entre 07:00 e 10:00 hs: Um dos melhores momentos pra se pescar a ditacuja, pois elas estão começando de aquecer e a correr atrás de presas forrajeiras.
Entre 11:00 e 15:00 hs: Qualquer peixe não gosta de muita luz, mas isso não impede ações das traíras neste horário. Talvez, o pior deste horário seja a falta de expectativa de conseguir alimento por parte da traíra, que permanece na toca, a não ser que esteja protegendo o ninho. Nascentes d’água (água limpa e fresca), e locais sombreados não muito rasos (mesmo sem vegetação) ou rasos com vegetação, com a água limpa e parada são seus locais de descanso nestas horas. Locais de águas rasantes sem vegetação podem dar bons “ frutinhos" (geralmente “peixinho de aquário”, embora possa entrar uma grande também) se a água estiver limpa e parada. Como a traíra é “territorialista”, existe uma “pressão populacional” fazendo as menores traíras buscarem locais alternativos de descanso. Durante as horas de luz, as traíras menores e que tenham sido mal sucedidas em se alimentar durante a noite (geralmente as menores) podem atacar iscas, as artificiais em especial; mas os “refugos” são mais frequentes, devido à visibilidade do pescador e do “encastoamento” . Nestas horas de luz , a traíra não sairá de onde está, e por isso, quem tem de andar é você. Assim um barco não será tão interessante, por espantá-las. Se for possível remar sem fazer muito barulho, use o barco para pescar em locais inacessíveis da margem. Pode ser usado um motor elétrico, próprio para pesca, mas o resultado não será superior ao do remo, se bem usado.
Em suma rapaziada: Estes dados eu obtive durante meus 15 anos de pesca aqui no sítio pescando na mesma lagoa. MAS OBSERVAÇÃO É TUDO!
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