quinta-feira, 29 de março de 2012
Gorila
Um monstro bem tímido
Com sua altura de aproximadamente 2,10 m. o gorila pode olhar de cima qualquer um de seus inimigos.
O gorila macho adulto chega a pesar 300 Kg. Esse enorme animal bate no peito com as mãos em concha, fazendo um barulho semelhante ao de um tambor.
Suas poderosas mandíbulas do gorila têm dentes que não ficam a dever nada para os do leão ou do tigre. Mas o gorila não é agressivo.
O gorila primeiro ameaça atacar e só depois de acossado ao extremo que ele realmente ataca.
O gorila é temido justamente por sua aparência. Por causa de sua enorme força surgiram lendas como a do King Kong. Mas o gorila é na verdade um animal tímido. Ele evita os seres humanos e está ameaçado de extinção em muitos lugares. Há duas espécies de gorila, todas vivendo na África equatorial.
Existe o gorila das planícies e o gorila da montanha. Eles vivem em bandos de fêmeas e filhotes, liderados pelo macho dominante . Outros bandos, liderados por machos menos dominantes, incluem as fêmeas mais velhas e fracas. Os bandos de gorilas podem penetrar nos territórios uns dos outros sem que haja qualquer disputa.
Características: Prefere vegetais
Acasalamento sem época determinada
Período de gestação: 225 dias
Um filhote de cada vez
Tempo de vida: até 35 anos.
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primatas
Família: Pongiade
Subclasse: Theria
Infraclasse: Placentalia
Ordem: Primates
Subordem: Haplorrhini
Infraordem: Simiiformes
Parvordem: Catarrhini
Superfamília: Hominoidea
Família: Hominidae
Sagui
Que modos!
Os sagüis são os menores macacos que existem. Vivem nas selvas da América da sul e América Central, onde se alimentam de frutos e insetos. O sagüi comum distingue-se das outras 8 espécies do gênero Callithrix pelo seu corpo frágil e pelos dois tufos de pêlo branco que tem em cada orelha. Vive nas florestas densas da Amazônia. Os grandes bandos de sagüis são rigorosamente organizados de acordo com uma hierarquia, e isso difere curiosamente o hábito de alguns macacos africanos, entre os quais este gesto indica submissão.
O sagüi, apesar de seu temperamento inconstante, costuma tornar-se um interessante bicho de estimação. Ele detesta o frio. costuma juntar pedaços de pano em sua gaiola e faz um ninho onde possa se abrigar. Na selva, dorme nas árvores durante a noite e passa o dia procurando comida entre os galhos. Trepa em árvores com facilidade, mas nunca pula de uma árvore para outra. Seus piores inimigos são as aves de rapina.
A fêmea geralmente dá à luz gêmeos. quando isso acontece, ela carrega um dos filhotes nas costas e o outro colado a seu
peito.Família Callitrichidae
Callithrix jacchus - Sagüi-de-tufos-brancos
Callithrix penicillata - Sagüi-de-tufos-pretos
Callithrix kuhlii - Sagüi-de-wied
Callithrix geoffroyi - Sagüi-de-cara-branca
Callithrix flaviceps - Sagüi-da-serra
Callithrix aurita - Sagüi-da-serra-escuro
Callithrix argentata - Sagüi-branco
Callithrix nigriceps - Sagüi-de-cabeça-preta
Callithrix humeralifera - Sagüi-de-santarém
Saguinus fuscicollis - Sagüi-de-cara-suja
Saguinus imperator - Sagüi-imperador
Saguinus labiatus - Sagüi-de-bigode
Saguinus mystax - Sagüi-de-boca-branca
Saguinus oedipus - Sagüi-de-cabeça-branca
Saguinus bicolor - Sagüi-de-coleira
Família Callimiconidae
Callimico goeldi - Sagüi-goeldi
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Família: Callithrichidae
Características:
Comprimento: até 30 cm, mais de 35 cm de cauda
Peso: até 240 g
Cauda: não preênsil
Cria: 1 a 3 filhotes, geralmente 2
Período de gestação: 150 dias
Tempo de vida: até 20 anos
Platy
Nome popular: Plati
Nome científico: Xiphophorus maculatus
Família: Pecilideos
Origem: México, Guatemala e Honduras
Alimentação: Dáfnias, larvas de mosquito, vegetais, ração seca 'a base de carne e algas verdes do aquário
PH da água: 7,0 'a 8,0
DH: 4 a 6
Iluminação: 10 horas dia
Temperatura da água: entre 22 a 28º
Tamanho: 4 cm
Descrição: O Plati , têm tudo para atrair qualquer criador. São alegres, dóceis e nem um pouco tímidos. Convive muito bem com espécies pacificas como ele, e torna o aquário muito mais colorido. Tem como origem os lagos e lagoas das planícies da costa Atlântica do México, Guatemala e Honduras.A anos vem tendo um melhoramento genético, o que fez com que se obtivesse uma gama infinita de matizes, que além de enfeitar o aquário, proporciona possibilidades de criar-se ainda outras cores. Atinge 10 cm de comprimento em cativeiro quando adulto. Como são peixes pequenos e calmos, pode-se cria-los em aquários não muito grandes ( cerca de 30 litros), comunitários ou não. A água deve ser entre média e dura, com Ph de 7.0 a 7.4, Dh de 4 a 6, temperatura de 23 a 28 graus ( quando procriando o ideal é mantê-la em 27 graus). Pode-se adicionar uma colher de sal marinho para cada dez litros de água, para um melhor desenvolvimento do peixe. Por ser uma espécie onívora (come de tudo) o plati não é nem um pouco exigente quando a alimentação, pode-se compor sua dieta com dáfnias, larvas de mosquito, vegetais, alimentos secos 'a base de carne e especialmente as algas verdes, que crescem nas laterais do aquário. Devemos oferecer as refeições 2 a 3 vezes ao dia, pois os mesmos gastam muita energia por estarem constantemente em movimento, conseqüentemente exigem mais alimentos.
Reprodução: Reprodução do plati é muito simples e fácil, o macho apos o tradicional namoro se acasala com a fêmea num único e rápido movimento, colocando nela os seus espermatozóides através do gonopódio ( a fertilização é interna). A fêmea irá gerar em seu interior de 10 a 150 filhotes, que vão nascer entre 4 ou 6 semanas depois e medindo cerca de 7mm. Ai é so esperar para ver as cores que se conseguiu. Os alevinos se desenvolverão mais rápido e sobreviverão mais facilmente se além da temperatura (acima de 22 graus) a água for verde (rica em algas verdes). Os machos e fêmeas do plati também podem cruzar com o peixe espada (parente próximo), pois o namoro de ambos é comum e muito similar, dai gerando híbridos bonitos e férteis. O canibalismo entre esta espécie é muito comum, sendo que os filhotes precisam fugir dos pais para não serem devorados, ao se observar este fato com muita freqüência, devemos colocar uma criadeira ( uma tela estendida no meio do aquário separando os alevinos dos
Leão
Características
O leão, (Panthera Leo), membro da família dos Felídeos, tem o corpo musculoso, longo, com extremidades relativamente curtas e cabeça grande. Em média pesa cerca de 250 kg e medem 2 metros de comprimento mais a cauda e 1 metro de altura. O macho apresenta a cabeça e o pescoço cobertos por uma juba característica. Os machos adultos de leão podem chegar a ser cerca de 50% maiores que as fêmeas. A juba os faz parecer ainda de maior tamanho. O rugido do leão pode ser ouvido a 9 km de distância, costuma ser emitido quando os machos saem em caçada ao anoitecer, quando a caça tem êxito, e ao amanhecer. Os leões vivem em média de 20 a 25 anos.
Se um macho menor se dá conta de que está em desvantagem, a confrontação não costuma terminar em luta. No caso de haver uma briga, a juba ajuda a amortecer os golpes e dentadas do oponente.
Habitat
Ele é tido como o rei das selvas (o leopardo é mais temível e feroz), e vive hoje na região ao sul do Saara, na África, e a noroeste da Índia, na Ásia. Isso foi o que lhe restou, pois vivia na África, Ásia Menor, Sudoeste da Ásia e a Europa, desde a Espanha até a Bulgária.
Embora em muitos países a caça ao leão esteja proibida, a destruição de seu habitat continua sendo uma ameaça grave para a sobrevivência da espécie.
Leão jovem
Os leões jovens são ferozes e atacam o homem sem nenhuma provocação, pois estão acometidos de uma crise de agressividade. Mas são rapidamente capturados por caçadores. Os que não são capturados, logo adquirem hábitos mais calmos quando termina a adolescência.
Fiel até morrer
Aos dois ou três meses de idade, o leão chega a plenitude de sua força. No vigor da juventude é agressivo, ágil e feroz. Dedica-se com crueldade aos prazeres da caça. Mas um dia, é chamado pelo amor. Torna-se melancólico. Rebanhos de antílopes e zebras passam pela sua frente e ele não se perturba. Pode até conviver algum tempo com eles, em boa paz. Nesse momento tudo o que lhe interessa, é encontrar a leoa de seus sonhos... Procura-a em toda parte, até que finalmente a encontra. Passeia em sua frente, exibi-lhe a bela juba recém-crescida, seu orgulho.
Depois que acasalam, nenhuma outra leoa o atrai - é fiel até o fim da vida. Mesmo que sua esposa morra ou seja capturada, o leão não procura outra. A leoa viúva ou separada, fica solitária até morrer.
Leoa
É a leoa quem governa a família (muito corajosa e decidida). Quando várias famílias estão no mesmo local, as leoninas revezam nos cuidados com os filhotes. São elas que caçam para a família, enquanto o leão protege. O leão é o primeiro a comer a presa. A leoa é um belo animal de corpo esbelto, movimentos ágeis e músculos fortes. Seu pelo é curto, marrom, rosado ou bege uniforme. O passo é lento e seguro; o olhar altivo e penetrante. Com sua força, é capaz de quebrar a coluna vertebral de uma zebra e tem todas as qualidades necessárias para ensinar os filhotes a caçar.
Filhote
A gestação dura de 102 a 113 dias. Ao dar à luz, dois ou três filhotes, a leoa procura um matagal. O leão nasce e tem aparência de um gato adulto e, nas primeiras semanas, tudo o que faz é mamar e dormir. Com dois meses, já caminha rapidamente e emite sons semelhantes a miados. Aos seis meses, abandona o leite materno e durante esse tempo o pai é excluído do lar e fica de sentinela nas proximidades. Enquanto a mãe cuida de sua família. Aos oito meses, os leões já acompanham a mãe na caçada, mas ficam só olhando. Após algum tempo, são submetidos a um teste, e pouco a pouco vão dominando a técnica de caçar. Com um ano de vida, os leões tem o tamanho de um cachorro grande. Com dois anos já se protegem do perigo e se sustentam sozinhos. A leoa deixa-o e vai criar nova ninhada.
Caça
Os leões caçam animais grandes, como antílopes, girafas e zebras. A técnica empregada consiste em espreitar primeiro a presa e, quando esta encontra-se a uma distância adequada, persegui-la em grande velocidade para derrubá-la numa carreira na qual podem alcançar os 85 km/h.
Se a vítima percebe a presença do leão e foge, na certa vai escapar, pois apesar da grande velocidade que o leão consegue, ele cansa-se facilmente. Suas armas mais poderosas são as garras e os longos dentes caninos.
Quando uma vítima é abatida, é levada para baixo de uma árvore e devorada, à começar das vísceras. Às vezes, é toda a família que se alimenta de uma só presa, os restos do animal, depois, são devorados por abutres, hienas e o chacal (decompositores).
Quando os leões estão mais velhos, alimentam-se de roedores, répteis, escorpiões, gafanhotos, animais pequenos, débeis ou enfermos. Quando a fome é muita, atacam cachorros, cabras ou galinhas das aldeias, e pode até levá-lo a devorar uma criança ou uma mulher. Mas quando ferido ou importunado, o leão não oferece perigo ao homem.
Curioso
Como a maioria dos felinos, ele também é bastante curioso, e qualquer objeto estranho para ele o amedronta e o afugenta: uma bandeira num mastro, uma roupa no varal ou um espantalho. Se estiver devorando uma presa e for surpreendido bruscamente, chega até a abandonar a presa, para pôr-se em fuga. Não importa o causador da surpresa; pode ser até um pequeno gambá.
Cativeiro
Ainda não está satisfatoriamente explicado por que é que a juba do leão cresce mais quando ele está em cativeiro. Há também outras incógnitas: em liberdade, a leoa dá cria a cada dois anos; mas, quando o casal vive em cativeiro, nascem filhotes todo ano. Além disso, não se sabe explicar para que serve a espécie de unha que o leão tem no final da cauda escondida entre o tufo de pêlos.
Os leões podem ser domados com facilidade e existem casos em que foram criados como animais de estimação, fiéis e dóceis como cachorros.
Traira
Na maioria das vezes estamos pescando e nem se quer sabemos o tipo da vegetação que se encontra ali, pra quê elas estão ali e principalmente se a traíra gosta de viver ali, mas garanto a todos que onde tem vegetação aquática e um "buraco" entre a mesma pra caçar, pode ter certeza que o estouro virá se sua isca jogar ali.
Vou começar falando um pouco dessa planta que vive boiando por ai nos açudes e lagoas e que costuma ser a toca de muitas traíras GIGANTES que é a Pistia Stratiotes ou comumente chamada de ALFACE D'ÁGUA ou "SANTA LUZIA".
Essa espécie surgiu na América tropical e é caracterizada pelas flores pequenas e folhas verde-claras de textura aveludada em forma de roseta; alguns peixes a utilizam como alimento.
O conjunto de raízes abriga alevinos e outros seres vivos que buscam proteção e alimento. Funciona muito bem como berçário.
é um otimo filtro natural, com suas raízes longas e com finos pelinhos em suas raízes absorvem sujeiras que causam o mau odor na água e também juntam sujeiras maiores em cima de suas folhas. Planta aquática muito rústica e pouco exigente. Muitas vezes torna-se até uma planta daninha, devido à sua rápida multiplicação.
Aprecia o calor e o sol e deve ser cultivada em água livre de cloro e outros produtos químicos. Como é flutuante não necessita substrato algum. Se a água for fertilizada com matéria orgânica se espalha rapidamente. Multiplica-se por separação das mudas que se formam em torno da planta mãe.
É um ótimo berçário para os alevinos de traíras e juvenil que ficam escondidas entre a "Santa Luzia" se alimentando de pequenos insetos, girinos, filhotes de peixes menores até atingir um tamanho desejável e não ser predado tão facilmente até por outras traíras.
Na vegetação flutuante dominada por “santa luzia” (cicuta), a traíra ficará entre suas raízes e próxima à superfície. Uma grande traíra prefere a “santa luzia” por poder se movimentar livremente entre suas raízes e por este tipo de vegetação dar eficiente cobertura contra a luz que vem de cima. Dessa forma, o predador fica na sombra, imóvel e invisível aos peixes que passarem por ela.
Imagine uma traíra na sombra de uma vegetação bem compacta (“Santa Luzia”)!
Ela estará invisível às potenciais vítimas de sua voracidade, em posição perfeita para surpreendê-las. Não existem lugares bons assim para todas as traíras! As menores são preteridas pelas maiores e podem passar alguma dificuldade em caçar, permanecendo com fome. Isto explica porque as maiores quase nunca batem em iscas mortas, apenas uma traíra com fome comeria um lambari morto (algo morto pode conter uma doença, um veneno, dar “dor de barriga”,...; é arriscado!), enquanto se captura até traíras de “barriga cheia” com “iscas artificialmente vivas (quanto mais movimento, menor o risco)”. Como uma grande traíra prefere caçar no limite entre a vegetação “Santa Luzia” e a água livre (ao menos antes de escurecer de vez, aí ela dá uma volta ou se enfia na vegetação), temos mais uma razão para as maiores quase sempre serem pegas com as artificiais.
Vou começar falando um pouco dessa planta que vive boiando por ai nos açudes e lagoas e que costuma ser a toca de muitas traíras GIGANTES que é a Pistia Stratiotes ou comumente chamada de ALFACE D'ÁGUA ou "SANTA LUZIA".
Essa espécie surgiu na América tropical e é caracterizada pelas flores pequenas e folhas verde-claras de textura aveludada em forma de roseta; alguns peixes a utilizam como alimento.
O conjunto de raízes abriga alevinos e outros seres vivos que buscam proteção e alimento. Funciona muito bem como berçário.
é um otimo filtro natural, com suas raízes longas e com finos pelinhos em suas raízes absorvem sujeiras que causam o mau odor na água e também juntam sujeiras maiores em cima de suas folhas. Planta aquática muito rústica e pouco exigente. Muitas vezes torna-se até uma planta daninha, devido à sua rápida multiplicação.
Aprecia o calor e o sol e deve ser cultivada em água livre de cloro e outros produtos químicos. Como é flutuante não necessita substrato algum. Se a água for fertilizada com matéria orgânica se espalha rapidamente. Multiplica-se por separação das mudas que se formam em torno da planta mãe.
É um ótimo berçário para os alevinos de traíras e juvenil que ficam escondidas entre a "Santa Luzia" se alimentando de pequenos insetos, girinos, filhotes de peixes menores até atingir um tamanho desejável e não ser predado tão facilmente até por outras traíras.
Na vegetação flutuante dominada por “santa luzia” (cicuta), a traíra ficará entre suas raízes e próxima à superfície. Uma grande traíra prefere a “santa luzia” por poder se movimentar livremente entre suas raízes e por este tipo de vegetação dar eficiente cobertura contra a luz que vem de cima. Dessa forma, o predador fica na sombra, imóvel e invisível aos peixes que passarem por ela.
Imagine uma traíra na sombra de uma vegetação bem compacta (“Santa Luzia”)!
Ela estará invisível às potenciais vítimas de sua voracidade, em posição perfeita para surpreendê-las. Não existem lugares bons assim para todas as traíras! As menores são preteridas pelas maiores e podem passar alguma dificuldade em caçar, permanecendo com fome. Isto explica porque as maiores quase nunca batem em iscas mortas, apenas uma traíra com fome comeria um lambari morto (algo morto pode conter uma doença, um veneno, dar “dor de barriga”,...; é arriscado!), enquanto se captura até traíras de “barriga cheia” com “iscas artificialmente vivas (quanto mais movimento, menor o risco)”. Como uma grande traíra prefere caçar no limite entre a vegetação “Santa Luzia” e a água livre (ao menos antes de escurecer de vez, aí ela dá uma volta ou se enfia na vegetação), temos mais uma razão para as maiores quase sempre serem pegas com as artificiais.
AGUAPÉ OU "GIGOGA" ( Eichhornia )
É uma planta infestante de sistemas fluviais e lagunares urbanos. É, por isso, considerada uma planta daninha e aparece frequentemente em canais de irrigação, represas, rios e lagoas. Nos rios da Amazônia, é comida por peixes e mamíferos aquáticos herbívoros. Na ausência destes animais, e em corpos de água eutrofizados, reproduz-se com muita facilidade, entupindo-os rapidamente. A sua introdução nos sistemas de água das cidades brasileiras deve-se justamente a sua característica de absorver e acumular poluentes, "filtrando" a água. Porém, quando em abundância, impede a proliferação de algas responsáveis pela oxigenação da água, causando a morte dos organismos aquáticos.
A “braquiára” serve de esconderijo aos pequenos, a própria grande traíra, e seu ninho; e embora seja a “casa " de uma grande traíra, quando sozinha acaba sendo um lugar ruim para pescar por não dar sombra eficaz em seus limites e dificultar a movimentação de um grande peixe, que tende a ficar mais para o fundo, ou em local mais raso e favorável.
Quando denso, o capim “braquiára” assegura escuridão constante, mas longe de nossas iscas. A “braquiára” será pródiga, pois é o esconderijo dos pequenos como um lambari, desde que a profundidade não seja excessiva, e que esteja cercada por alguma “cicuta” (ou outra vegetação flutuante) compacta. A moita de “aguapé” não é muito boa para traíra por sua sombra não ser tão boa (se não tiver a “santa luzia” ao seu redor), mas, assim como o capim “braquiára” , pode servir de apoio para a estabilização da “santa luzia”, ou para amarrar o barco (é melhor na braquiára).
Se houverem dois locais com muita vegetação, procure ficar onde ela for mais densa, pois será mais escuro embaixo dela. Sempre, quanto mais houver vegetação, menos barrenta será a água (as raízes ou qualquer obstáculo à correnteza servem como decantadores, limpando a água e adicionalmente, a água reduz drasticamente sua velocidade, o quê ajuda a assentar as impurezas). Na foto acima, um montão de capim “braquiára”.
A ninféia-branca é uma planta aquática adaptada às margens de rios calmos ou lagos, em regiões de clima temperado. Suas folhas são grandes, emersas, semi-flutuantes, cordiformes, coriáceas, brilhantes, de coloração verde-escura na página superior e avermelhada na inferior. Elas são sustentadas por longos pecíolos que ligam-se ao rizoma, carnoso e horizontal, enterrado no fundo do lago. As flores solitárias surgem em longos pedúnculos, são brancas com muitos estames de anteras amarelas. São hermafroditas e podem se autopolinizar, assim como podem ser polinizadas por insetos. O fruto formado é do tipo aquênio, com sementes que se dispersam pela água.
É uma planta belíssima para adornar espelhos d'água, principalmente em regiões de clima temperado e subtropical, onde outras ninféias mais populares podem não se adaptar muito bem. Durante o inverno, a ninféia-branca perde suas folhas e entra em dormência, auxiliando na iluminação do lago. Na primavera sua folhagem rebrota e ela pode fornecer sombra e abrigo para os animais aquáticos durante os períodos mais quentes. Adapta-se a ambientes bastante poluídos, auxiliando na recuperação ecológica do lago. A ninféia tolera baixas temperaturas e aprecia o clima ameno.
A “taboa” não é lugar de traíras grandes , pois não dá boa sombra. Só para ver se ficou claro, não importa o tipo de vegetação (ou outra cobertura qualquer, inclusive troncos, outras vegetações...)! Ela serve apenas de abrigo contra a luz que denunciaria qualquer movimento da predadora.
Suas raízes devem permitir seu livre movimento, considerando também a profundidade do local (tem de haver um pequeno espaço livre sob suas raízes). Se esta vegetação for ou estiver compacta em seu l imite com a água, dará boa sombra e será um bom lugar para a traíra atacar. Observe que a traíra quer se esconder entre as raízes e o fundo, portanto, ela sempre estará bem no cantinho entre as raízes e o fundo. Por isso, é importante avaliar o comprimento das raízes das plantas e a profundidade onde se encontra esta planta!
A traíra tem a sua própria leitura das águas, ou melhor, antes de tentar comer sua presa, ela avalia a chance de “se dar mal” e evita gastar energia à toa, ainda espantando outras vítimas potenciais! Portanto, não é a toa que a traíra é o predador que mais e melhor avalia sua chance de sucesso em um ataque, um ataque mal sucedido pode estragar o “pesqueiro da traíra”.
Quem está acostumado a pescar em um mesmo local certamente observará que a situação (o exato local, o trabalho da isca, a forma do ataque, e horário) em que a traíra ataca é repetitiva. Tanto é assim que observei que existem basicamente alguns momentos e formas de uma traíra atacar:
Preparação: a traíra atenta para a possibilidade de “se dar bem” com um ataque em
determinada direção (onde sua isca passa repetidamente), se vira para este lado e nada bem devagarzinho para a beirada da vegetação onde nossa isca passou, mas pára aí. Ela se limita à espreita sem sair da sombra que a oculta. Na cabeça do predador, a isca passando repetidamente no mesmo lugar parecerá com um cardume, e ela não desconfia que seja apenas uma única isca. Não é comum pegar a traíra no primeiro lançamento “perfeito” (lançamento que passou onde nós planejamos, embaixo da vegetação e bem na cara da traíra), pois ela sempre observa e se prepara para depois atacar (exceto na escuridão, quando o momento pode não acontecer).
Posicionamento: a traíra sai de onde está (escondida, oculta, “paradona” à espreita...) em trajetória quase perpendicular à trajetória da isca, alcançando sua “zona cega” e preparando-se para a aproximação.
Observação: a zona cega de um lambari (e de outros peixes) é atrás e abaixo deste (por causa da posição de seus olhos). Este momento se resume na traíra ir para esta zona cega. Normalmente, ela não irá tentar atacar uma presa se ela passar a mais de 1 metro, a não ser na escuridão absoluta, quando esta “janela de ação” pode se alargar para uns 2 ou mais metros.
Aproximação: furtiva, lentamente a traíra se aproxima de sua presa tentando não ser vista (mantendo-se na zona cega).
Bote: a traíra desfere um ataque rápido, e morde arrancando um pedaço da vítima, se esta não couber inteira em sua boca. Notável o uso constante da sucção neste momento, sugando a vítima para dentro da boca.
Simplesmente dando um bote, se sua presa passar “na cara”, a tal distância que a aproximação seja dispensável. Este ataque ocorre quando a presa se aproxima demais, pois neste caso a traíra prefere iniciar o ataque antes que seja percebida e sua presa inicie uma fuga.
Neste caso, o ataque pode ser desferido por qualquer lado, embora exista uma clara propensão a atacar a cabeça, pois será pouco útil uma tentativa de fuga da presa. O encastoamento pode interferir, causando uma má ferrada por fora da boca ou no “lábio” do peixe (a traíra se sacode e foge, o mesmo que ocorre com as pequenas). Como esta forma de ataque ocorre mais durante o dia, temos mais uma razão para pescar a noite ou ao crepúsculo.
O macete é evitar colocar a isca tão perto assim da traíra, comece jogando um pouco mais longe (permitindo a traíra se preparar para atacar) e vá progressivamente lançando cada vez mais próximo da traíra até obter uma ação.
Por baixo: Aproximação junto ao fundo, geralmente por usar a sombra inclinada da vegetação, e o bote em direção ascendente (ligeiramente por trás). Geralmente ocorre no lado sombreado (sombra dentro d‟água) da vegetação. Ocorre mais durante o dia (podendo ocorrer sob luar, ou em lugares meio-profundos), aliás, esta forma de atacar se explica pela sombra inclinada da vegetação (dentro d‟água, no lado da moita oposto ao Sol ou Lua), que a traíra aproveita para evitar revelar sua presença prematuramente ao bote (de dia, a traíra tenta se camuflar para poder se aproximar). Este ataque permite ao predador uma perfeita visão da silhueta da presa, com o céu como fundo, mesmo que haja grande diferença de profundidade entre presa e predador (muitos peixes predadores usam este ataque pelas mesmas razões).
Por ferrar apenas na garatéia ventral, pode deixar a traíra escapar (convém usar um alicate de contenção para retirar o peixe d‟água).
Posicionando-se por trás. “FASE DA APROXIMAÇÃO”: dirigindo-se para trás de sua presa a uma distância suficiente para não ser percebida neste nado lento (buscando ficar na zona cega de sua presa) e o “BOTE”: quando a traíra nada na sua velocidade máxima, e abocanha (sugando) sua presa. Pode ocorrer durante o dia quando à distância para o bote é pouco menor que a distância em que a isca passa, e quando a isca passa em profundidade considerada ótima (uns 40 a 60 cm, na cara do peixe!), e é o ataque que mais ocorre na escuridão (na escuridão, a traíra tenta fazer com que seu ataque seja rápido, antes que a vítima se vire e olhe para trás). É a melhor forma de ataque para uma dupla ferrada (quando a traíra engole a isca), e a isca ideal para este ataque é uma “shallow runner” (isca alongada de meia-água) por ser o tipo de isca mais facilmente engolida no ataque por trás.
A traíra tem excepcional visão, inclusive noturna, e embora seu cérebro seja diminuto, ela possui uma incrível habilidade para perceber movimentos, supostamente 40 vezes superior à habilidade humana (de outros predadores, dentro e fora d‟água, também).
Se a isca se mexe, a traíra a entende como viva e apetitosa e “mete o dente” nela (a traíra não é seletiva em seu cardápio, basta estar vivo, isto é, se mexer, e parecer caber em sua bocarra. Em sua dieta habitual, figura em primeiro lugar os peixes menores, inclusive traíras com metade do comprimento de seu corpo passam em sua boca. Em segundo lugar, rãs e insetos grandes e depois, se a fome bater, peixes que não passam em sua boca...).
Pode parecer que um lambari não se mexa quando colocado no anzol, mas sua boca abre e fecha para respirar, assim como suas guelras... mesmo que estas não sejam chamativas. Como as iscas artificiais possuem movimento exuberante, barulho (“rattlin”) e cor, não é por acaso que as traíras as adoram.
O refugo é quando a traíra, bem como outros peixes, reconhecem a isca e dão meia volta pouco antes de “bocarem” a isca! Quando um peixe ataca uma isca artificial e se dá mal, ele memoriza a situação e a evita, mas como ele é “burro”, podemos enganá-lo facilmente, trocando apenas a cor da isca (isto, quando ele não ataca a mesmíssima isca...). Passados alguns dias ou semanas, ele esquece do ocorrido, e se esse estímulo não for constante, volta a atacar a mesma isca.
“Rattling”, encastoamento, distorcedor, cor exuberante e ação excessivamente errática podem ajudar o peixe a “reconhecer” a isca. Uma isca que simule um bagre ou uma traíra será abordada com mais cuidado, sendo mais fácil acontecer um refugo!
Como a traíra é um predador solitário, “ territorialista ” , e “canibal”, não é comum encontrarmos duas delas grandes, juntas, e como ela prefere caçar nos limites entre ao amanhecer e ao escurecer (ao menos antes de escurecer de vez, aí ela dá uma volta ou se enfia na vegetação).
Podemos imaginar porque as maiores geralmente são pegas com as artificiais, embora nada impeça que a isca viva funcione com qualquer tamanho de traíra. Mesmo assim, não se esqueça de que uma isca artificial parece ainda mais viva e chamativa.
Em suma rapaziada: A Hoplias pode ser maluca por qualquer coisa que se mexa na flor d'agua, mas garanto que depois de um tempo ela começa a analisar a isca e acaba sumindo do nada e seu troféu, quem sabe, suma aquele dia, e tudo por causa da tua
AÇÃO: observar se a traíra está pulando nas beiradas ou entre os capins e aguapés por está indo atrás de presas como: Pererecas e Lambaris.
TEMPERATURA: Tanto ambiente como o da água pois, como todos nós sabemos, traíra gosta mesmo é de dia quente e água quente e fim de papo!
TEMPO: Observar se com a chuva que acabara de cair, não sujou a água ou se deixou turva por demais que a coitada malemá enxerga a isca a um palmo diante dela.
LUA: No caso da pescaria semi-noturnas ou noturnas, pois com a lua cheia dá pra se enxergar a isca sendo trabalhadas por nós e evitar lançar em enrosco ou não conseguir visualizar um bote rápido.
LOCAL DA PESCARIA: Esse é um dos principais itens, pois conhecendo o lugar, você tem mais chance de pinxar traíras grandes pelo fato de não ficar perdendo tempo com lugares poucos promissores e que aquela isca sua não estará fazendo efeito algum... tipo uma perereca artificial em um local limpo e sem estruturas por exemplo.
Observar também o horário no relógio pois, isso também influencia e bastante. Aqui no sítio é bem isso que acontece na pescaria das hoplias aqui no sertão do mato:
De 02:00 a 04:00 hs: Parece que todos estão dormindo, sendo esta hora marcada por nevoeiro e frio (nevoeiro sempre prenuncia má pescaria, pois o local estará iluminado difusamente se houver qualquer cidade próxima). Além disso, mesma situação que ocorre entre 20 e 22h se repete, quando estarão novamente de barriga cheia, ou estão enfiadas na vegetação e fora de alcance; mas..., se as condições forem boas (especialmente, falta de nebulosidade e escuridão) pode tentar que pode dar boa! Convém salientar que o nevoeiro é que marca o início deste momento! De forma que o horário indicado é apenas uma forma didática de explicar como os momentos se sucedem.
Entre 04:00 e 07:00 hs: (ou melhor, entre uma hora do nascer do sol e uma hora após), aos primeiros raios de sol, novamente os mosquitos, os lambaris (e as traíras) se agitam, embora menos, caso esteja frio. Ao fim da noite e amanhecer, o mesmo que ocorre ao entardecer se repete. Basicamente, este horário só não é produtivo se estiver muito frio, mas como o frio é regra neste horário (dependendo da época do ano)... Quem pesca no anzol pode ter bom proveito neste horário, pois uma traíra que iria “dormir” de barriga vazia poderá entrar. Novamente, a traíra não quer estragar seu “pesqueiro”; de forma que este momento pode ser mais produtivo com anzol que com artificiais.
Entre 07:00 e 10:00 hs: Um dos melhores momentos pra se pescar a ditacuja, pois elas estão começando de aquecer e a correr atrás de presas forrajeiras.
Entre 11:00 e 15:00 hs: Qualquer peixe não gosta de muita luz, mas isso não impede ações das traíras neste horário. Talvez, o pior deste horário seja a falta de expectativa de conseguir alimento por parte da traíra, que permanece na toca, a não ser que esteja protegendo o ninho. Nascentes d’água (água limpa e fresca), e locais sombreados não muito rasos (mesmo sem vegetação) ou rasos com vegetação, com a água limpa e parada são seus locais de descanso nestas horas. Locais de águas rasantes sem vegetação podem dar bons “ frutinhos" (geralmente “peixinho de aquário”, embora possa entrar uma grande também) se a água estiver limpa e parada. Como a traíra é “territorialista”, existe uma “pressão populacional” fazendo as menores traíras buscarem locais alternativos de descanso. Durante as horas de luz, as traíras menores e que tenham sido mal sucedidas em se alimentar durante a noite (geralmente as menores) podem atacar iscas, as artificiais em especial; mas os “refugos” são mais frequentes, devido à visibilidade do pescador e do “encastoamento” . Nestas horas de luz , a traíra não sairá de onde está, e por isso, quem tem de andar é você. Assim um barco não será tão interessante, por espantá-las. Se for possível remar sem fazer muito barulho, use o barco para pescar em locais inacessíveis da margem. Pode ser usado um motor elétrico, próprio para pesca, mas o resultado não será superior ao do remo, se bem usado.
Em suma rapaziada: Estes dados eu obtive durante meus 15 anos de pesca aqui no sítio pescando na mesma lagoa. MAS OBSERVAÇÃO É TUDO!
Piranha
Quando os boiadeiros das Américas do Sul e Central vão atravessar certos rios com seu gado, precisam sacrificar um boi para salvar os outros. Eles ferem ligeiramente o animal e o colocam no rio um pouco abaixo do lugar onde o resto do gado vai atravessar. O cheiro do sangue atrai um grande número de peixes pequenos e vorazes: as piranhas. A água parece ferver e fica vermelha. Depois de alguns minutos tudo o que resta do boi é seu esqueleto completamente liso. enquanto isso, o resto do gado passa em segurança. Embora muito feroz, a piranha não parece, à primeira vista, um peixe perigoso. É pequena, azulada, com um corpo fino, do tamanho da mão de uma homem. A boca também é pequena, mas provida de dentes triangulares, afiados como navalha.
Estes, juntamente com a mandíbula que se projeta para a frente, permitem que a piranha arranque grandes pedaços de carne da presa a cada dentada. a piranha nunca vive sozinha. Sempre há milhares delas esperando uma vítima que, quando atacada, desaparece em pouquíssimo tempo. Mas mesmo com todo o seu apetite, é difícil pescar uma piranha, pois ela corta facilmente qualquer linha, mesmo de aço fino.
Filo: Chordata
Superclasse: Pisces
Classe: Osteichthyes
Ordem: Cypriniformes
Família: Characidae
Características:
Comprimento: 20 cm
Corpo chato
A segunda nadadeira dorsal é
pequena e mole
Boca não protrátil
4 espécies
Estes, juntamente com a mandíbula que se projeta para a frente, permitem que a piranha arranque grandes pedaços de carne da presa a cada dentada. a piranha nunca vive sozinha. Sempre há milhares delas esperando uma vítima que, quando atacada, desaparece em pouquíssimo tempo. Mas mesmo com todo o seu apetite, é difícil pescar uma piranha, pois ela corta facilmente qualquer linha, mesmo de aço fino.
Filo: Chordata
Superclasse: Pisces
Classe: Osteichthyes
Ordem: Cypriniformes
Família: Characidae
Características:
Comprimento: 20 cm
Corpo chato
A segunda nadadeira dorsal é
pequena e mole
Boca não protrátil
4 espécies
Cobra do milho
O nome desta cobra vem do sítio onde costuma ser encontrada:,celeiros de milho, e também do padrão de apresenta na barriga, que se assemelha a uma espiga de milho. Os roedores são atraídos pelas sementes e estas cobras concentram-se junto dos celeiros para os caçar. Funcionam como um exterminador natural de ratos que devastam as colheitas dos agricultores.
O habitat da Cobra do Milho vai desde os Estados Unidos da América, até ao México e ilhas. Vivem em zonas de aspecto abandonado: campos de mato alto, edifícios pouco utilizados em quintas, mas também podem ser encontradas em clareiras de florestas e árvores. Habitam zonas a diversas altitudes, desde o nível do mar, até quase 2 mil metros de altitude.
Em regiões mais frias, estas cobras hibernam durante o Inverno. Em zonas mais temperadas, diminuem a actividade, mas saem da toca nos dias mais quentes e solarengos.
A Cobra do Milho foi uma das primeiras cobras a ser mantida como animal de estimação e permanece ainda hoje bastante popular, muito devido à sua docilidade, padrões atractivos e facilidade de manutenção.
Temperamento [ editar ]
São cobras mansas, relutantes em atacar. A Cobra do Milho é um réptil solitário, não sendo por isso recomendável albergar dois exemplares no mesmo terrário.
Curiosas, são verdadeiras mestres em fugir do terrário: conseguem passar por buracos muito pequenos e até mesmo abrir o tampo do terrário, empurrando-o. Os donos inexperientes perdem mais cobras desta espécie devido a fugas do que mortes por doença. Certifique-se de que o terrário é à prova de fuga.
Descrição [ editar ]
O recorde para a Cobra do Milho mais longa é de 180 cm, embora estes animais meçam em média em cativeiro 120 cm.
Variações de Cor [ editar ]
Cor
Normal, ou selvagem – Maioritariamente laranjas com linhas pretas que envolvem manchas mais escuras que percorrem todo o corpo da cobra. Existem dois tipos de variações regionais de cor em estado selvagem: Okatee e Miami.
Okeetee– As cobras com esta coloração encontram-se sobretudo na Carolina do Sul. Têm uma intensa cor laranja com manchas vermelhas rodeadas por uma linha preta grossa.
Miami – Apresentam manchas vermelhas, sobre um fundo mais pálido, acizentado.
Amelanística – Sem capacidade de reproduzir o pigmento preto, estas cobras apresentam o mesmo padrão que o tipo selvagem e na mesma as cores vermelhas e laranjas. É uma das variações mais antigas. Uma cobra albina vermelha foi capturada em 1953 na Carolina do Norte e deixou descendentes em 1959.
Aneurística – Ao contrário da amelanística, são as cores vermelha e laranja que são ausentes. É uma espécie de Cobra do Milho a preto e branco: o fundo é cinzento e as manchas são pretas. Os exemplares adultos desenvolvem marcas amarelas na cabeça (Tipo A). Existe um outro tipo, o Tipo B, em que isso não se verifica.
Hipomelanísticas – Com uma reduzida capacidade de produção de melanina, as cobras têm laranjas e vermelhos mais vivos e pretos reduzidos. A primeira cobra com esta coloração foi encontrada em 1984.
Padrões
Para além de várias cores, a Cobra do Milho apresenta também vários padrões que podem ser combinados com muitas das variações de cor descritas acima.
Motley – As manchas surgem fundidas de forma irregular.
Striped – Em vez de manchas, a cobra apresenta riscas que cobram todo o corpo.
Combinações
Ao cruzar cobras com variações de cor diferentes obtém-se exemplares com um determinada mutação.
Snow – (Amelanística e Aneurística A) Estas cobras são predominantemente brancas com manchas rosa pálido. Quando atingem a maturidade geralmente desenvolvem marcas amarelas na cabeça.
Blizzard - (Amelanística e Aneurística B) São cobras completamente brancas, onde o padrão é quase imperceptível.
Ghost – (Hipomelanísticas e Aneurística A) – São cobras onde o vermelho e o laranja foi substituído por cinzentos, castanhos sob um fundo mais pálido.
Terrário [ editar ]
É recomendado que um terrário de um espécime adulto tenha 75 cm de comprimento, 30 cm de largura e 30 cm de altura, mas o ideal seria ter pelo menos 100 cm de comprimento, 50 cm de largura e 50 cm de altura, o que permite à cobra mais espaço para se exercitar. Em pequenos deve-se usar um faunário com substrato de papel de cozinha ou jornal, para prevenir situações de stress para o animal.
Aquecimento [ editar ]
Para conseguir a temperatura desejada no terrário, entre 24º a 28º graus, é geralmente usado um tapete de aquecimento, ligado a um termostato. Pode-se também usar lâmpadas de aquecimento como as de cerâmica ou mesmo uma lâmpada normal, embora esta tenha mais possibilidade de fundir. Não deixe a lâmpada dentro do terrário sem a protecção devida para a cobra. O contacto entre a lâmpada e o animal pode causar queimaduras.
Dieta [ editar ]
Recomenda-se para a alimentação das cobras bebés um pinkie a cada cinco dias. No que respeita às cobras adultas deve-se apenas alimentar uma vez por semana.
Existem dois tipos de alimentos para as cobras: ratos congelados ou vivos. É recomendada a aquisição de uma cobra que aceite alimento congelado, uma vez que o alimento vivo não só difícil de arranjar, como pode ser prejudicial para a sua cobra se, por exemplo, um rato a atacar. Para além disso, o rato congelado pode-se manter em stock dentro do congelador e evitar problemas como a falta de alimento para as cobras.
Se a cobra rejeitar a comida poderá ser devido a muda da pele, não tente alimentar a cobra durante uns dias. Veja se a cobra apresenta os olhos enevoados (azulados); caso isso aconteça deixe-a mudar primeiro a pele e depois tentar novamente alimentá-la.
Muda de Pele [ editar ]
As cobras mudam de pele cada mês ou dois meses. Se a cobra se encontrar ferida fisicamente irá fazer o ciclo de muda de pele mais rápido para reparar os "danos". É fácil notar quando a cobra começa a mudar a pele, uma vez que esta escurece e os olhos tornam-se enevoados e azulados.
Após a cor dos olhos voltar ao normal, entre três a cinco dias, a cobra irá fazer a muda de pele. Se a cobra for mantida num terrário com boas condições, com pedras ou troncos onde ela se possa roçar para retirar a antiga pele, então o animal não irá ter dificuldades em fazer a muda.
Neste período é recomendado o aumento da humidade do terrário, o que pode ser feito polvilhando-o com água. O objectivo é ficar com a humidade a 75%, o que facilita a muda da pele a cobra. Caso o animal não faça a muda por inteiro e fique com pedaços agarrados, pode-se mergulhar a cobra em água morna, entre os 24 e os 28º C.
Harpia
A harpia (Harpia harpyja), também chamada gavião-real, gavião-de-penacho, uiruuetê, uiraçu, uraçu, cutucurim[3] e uiraçu-verdadeiro, é a mais pesada e uma das maiores aves de rapina do mundo, com envergadura de 2,5 metros e peso de até 10 quilogramas.
Etimologia
"Harpia" é uma referência ao ser da mitologia grega. Por causa do tamanho e ferocidade do animal, os primeiros exploradores europeus da América Central nomearam estas águias em função das monstruosas meio-mulheres/meio-águias da mitologia grega clássica. "Gavião-de-penacho" e "gavião-real" são referências ao penacho na cabeça característico da espécie, com um formato semelhante ao de uma coroa. "Uiruuetê" é um termo tupi que contém o termo e'tê, "verdadeiro"[4]. "Uiraçu" veio do termo tupi para "ave grande"[5].
[editar]Descrição
Ambos os sexos têm uma crista de penas largas que levantam quando ouvem algum ruído. Como as corujas, elas têm um disco facial de penas menores que pode focar ondas sonoras para melhorar suas capacidades auditivas. A harpia possui, como principais características físicas, olhos pequenos, um longo topete, a crista com duas penas maiores e uma cauda com três faixas cinzentas, que pode medir até 2/3 do comprimento da asa.
Esta ave da família Accipitridae possui asas largas e redondas, pernas curtas e grossas, e dedos extremamente fortes, com enormes garras, capazes até de levantar um carneiro do chão. Sua cabeça é cinza, o papo e a nuca, negros, e o peito, a barriga e a parte de dentro das asas, brancos. Tem entre 50 a 90 centímetros de altura, uma envergadura de até 2,5 metros e um peso variando entre 4 e 5,5 quilogramas quando macho e entre 6 e 9 quilogramas quando fêmea.
As harpias são predadores tremendamente eficazes, com garras mais compridas do que as de um urso-cinzento. É uma águia adaptada ao voo acrobático em ambientes florestais de espaços fechados. Elas se aproximam morfologicamente (não se sabe se filogeneticamente) de várias outras aves de rapina tropicais de grande tamanho adaptadas à caça de grandes animais arborícolas como macacos, preguiças, lêmures etc., tais como a águia-coroada africana, a águia-das-filipinas e a águia-da-nova-guiné. Todas essas são chamadas de "águias-pega-macaco" em suas localidades de origem devido ao grande porte, que coloca animais maiores, como macacos, em seu cardápio.
O habitat principal são as florestas tropicais e a espécie se dispersa geograficamente do México à Bolívia, na Argentina e em grande parte do Brasil, notadamente no Amazonas, vivendo em árvores altas, dentro de vasta mata, onde constrói seus ninhos. Habitava as matas brasileiras de forma abrangente. Hoje, pode ser encontrado na Amazônia e visto raramente na Mata Atlântica. Na região amazônica da Guiana, onde foi bem estudado, verificou-se que é um predador sobretudo de mamíferos.
É pássaro nacional e está desenhada no brasão do Panamá. Está desenhada no brasão de armas do estado do Paraná, no Brasil. É o símbolo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. É também símbolo e estampa o escudo da tropa de elite da Polícia Federal do Brasil, o Comando de Operações Táticas. Faz parte do símbolo do 4º Batalhão de Aviação do Exército Brasileiro. Denomina um esquadrão da Força Aérea Brasileira, o 7º/8º Esquadrão Harpia. É o designativo das aeronaves do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo. É o animal em que foi baseada o personagem Fawkes, a fênix, do filme Harry Potter e a Câmara Secreta. É capaz de exercer uma pressão de 42 kgf/cm² (4,1 MPa ou 530 lbf/in²) com suas garras.
Pode erguer mais de 3/4 de seu peso. As garras da harpia são tão fortes que são capazes de esmigalhar um crânio humano. É a águia mais pesada da atualidade e a águia-das-filipinas é a única águia viva que se compara a ela em tamanho. Entretanto, a extinta águia-de-haast da Nova Zelândia era aproximadamente 50% maior do que ela. Dá dá nome ao projeto de inteligência artificial mantido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados. Em 15 de janeiro de 2009, nasceu um filhote de harpia no Refúgio Biológico de Itaipu. Com 100 gramas de massa, é o primeiro filhote a nascer com sucesso em cativeiro no sul do Brasil.[6]
Harpia em voo
Hábitos
É rápida e possante em suas investidas. É tão forte fisicamente que consegue erguer um carneiro sem maiores dificuldades. Ela voa alternando rápidas batidas de asa com planeio. Tem um assobio longo e estridente e, nas horas quentes do dia, costuma voar em círculos sobre florestas e campos próximos. As harpias conservam energia se empoleirando silenciosamente, vendo e ouvindo por longos períodos de tempo. Elas caçam com curtas e rápidas investidas. As fêmeas, maiores, caçam presas mais pesadas do que os menores, mais ágeis e rápidos machos. Estas técnicas complementares podem aumentar as chances de sucesso na obtenção de comida. Grandes presas, como preguiças e macacos, costumam ser consumidas parcialmente até poderem ser transportadas para o ninho.
Reprodução
As harpias, como as águias em geral, são monogâmicas, unindo-se por toda a vida. Elas fazem ninhos em árvores muito altas, com galhos bem separados, de até 40 metros de altura. O casal dá uma cria a cada dois ou três anos. O período reprodutivo vai de junho a novembro e o período de incubação é de 2 meses. As fêmeas depositam um ovo ou dois, mas, caso ambos os ovos sejam incubados com sucesso, em condições naturais somente o primogênito sobrevive, já que o filhote maior invariavelmente matará o menor (este "cainismo" é comum a várias espécies de águia, e permite estratégias de conservação baseadas na remoção do filhote menor do ninho para criação artificial).
O filhote testa suas asas com seis meses. No entanto, fica sob os cuidados dos pais, sendo alimentado, por outros seis a dez meses, mantendo, assim, uma longa dependência. A maturidade sexual é atingida aos quatro ou cinco anos e o indivíduo pode retornar ao mesmo ninho em que nasceu.
[editar]Perigos à sua sobrevivência
Destruição de seu habitat, uma vez que necessita de grandes áreas para viver. Atualmente, a harpia encontra-se praticamente restrita à floresta amazônica.
É ameaçada pela caça predatória, por ser considerada perigosa para as criações de animais domésticos.
De acordo com a ONG estadunidense Peregrine Fund, que se dedica à proteção internacional de aves de rapina diurnas, a harpia é uma espécie "dependente de conservação", na medida em que o declínio da espécie em toda a sua área de ocorrência, produzido principalmente pelo desmatamento, exige políticas ativas de conservação e/ou reprodução em cativeiro, que impeçam que a ave se torne uma espécie imediatamente ameaçada de extinção. O Peregrine Fund realizou, aliás, algumas experiências bem-sucedidas de criação em cativeiro e libertação de harpia em uma reserva florestal no Panamá.
Etimologia
"Harpia" é uma referência ao ser da mitologia grega. Por causa do tamanho e ferocidade do animal, os primeiros exploradores europeus da América Central nomearam estas águias em função das monstruosas meio-mulheres/meio-águias da mitologia grega clássica. "Gavião-de-penacho" e "gavião-real" são referências ao penacho na cabeça característico da espécie, com um formato semelhante ao de uma coroa. "Uiruuetê" é um termo tupi que contém o termo e'tê, "verdadeiro"[4]. "Uiraçu" veio do termo tupi para "ave grande"[5].
[editar]Descrição
Ambos os sexos têm uma crista de penas largas que levantam quando ouvem algum ruído. Como as corujas, elas têm um disco facial de penas menores que pode focar ondas sonoras para melhorar suas capacidades auditivas. A harpia possui, como principais características físicas, olhos pequenos, um longo topete, a crista com duas penas maiores e uma cauda com três faixas cinzentas, que pode medir até 2/3 do comprimento da asa.
Esta ave da família Accipitridae possui asas largas e redondas, pernas curtas e grossas, e dedos extremamente fortes, com enormes garras, capazes até de levantar um carneiro do chão. Sua cabeça é cinza, o papo e a nuca, negros, e o peito, a barriga e a parte de dentro das asas, brancos. Tem entre 50 a 90 centímetros de altura, uma envergadura de até 2,5 metros e um peso variando entre 4 e 5,5 quilogramas quando macho e entre 6 e 9 quilogramas quando fêmea.
As harpias são predadores tremendamente eficazes, com garras mais compridas do que as de um urso-cinzento. É uma águia adaptada ao voo acrobático em ambientes florestais de espaços fechados. Elas se aproximam morfologicamente (não se sabe se filogeneticamente) de várias outras aves de rapina tropicais de grande tamanho adaptadas à caça de grandes animais arborícolas como macacos, preguiças, lêmures etc., tais como a águia-coroada africana, a águia-das-filipinas e a águia-da-nova-guiné. Todas essas são chamadas de "águias-pega-macaco" em suas localidades de origem devido ao grande porte, que coloca animais maiores, como macacos, em seu cardápio.
O habitat principal são as florestas tropicais e a espécie se dispersa geograficamente do México à Bolívia, na Argentina e em grande parte do Brasil, notadamente no Amazonas, vivendo em árvores altas, dentro de vasta mata, onde constrói seus ninhos. Habitava as matas brasileiras de forma abrangente. Hoje, pode ser encontrado na Amazônia e visto raramente na Mata Atlântica. Na região amazônica da Guiana, onde foi bem estudado, verificou-se que é um predador sobretudo de mamíferos.
É pássaro nacional e está desenhada no brasão do Panamá. Está desenhada no brasão de armas do estado do Paraná, no Brasil. É o símbolo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro. É também símbolo e estampa o escudo da tropa de elite da Polícia Federal do Brasil, o Comando de Operações Táticas. Faz parte do símbolo do 4º Batalhão de Aviação do Exército Brasileiro. Denomina um esquadrão da Força Aérea Brasileira, o 7º/8º Esquadrão Harpia. É o designativo das aeronaves do Núcleo de Operações e Transporte Aéreo da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo. É o animal em que foi baseada o personagem Fawkes, a fênix, do filme Harry Potter e a Câmara Secreta. É capaz de exercer uma pressão de 42 kgf/cm² (4,1 MPa ou 530 lbf/in²) com suas garras.
Pode erguer mais de 3/4 de seu peso. As garras da harpia são tão fortes que são capazes de esmigalhar um crânio humano. É a águia mais pesada da atualidade e a águia-das-filipinas é a única águia viva que se compara a ela em tamanho. Entretanto, a extinta águia-de-haast da Nova Zelândia era aproximadamente 50% maior do que ela. Dá dá nome ao projeto de inteligência artificial mantido pelo Serviço Federal de Processamento de Dados. Em 15 de janeiro de 2009, nasceu um filhote de harpia no Refúgio Biológico de Itaipu. Com 100 gramas de massa, é o primeiro filhote a nascer com sucesso em cativeiro no sul do Brasil.[6]
Harpia em voo
Hábitos
É rápida e possante em suas investidas. É tão forte fisicamente que consegue erguer um carneiro sem maiores dificuldades. Ela voa alternando rápidas batidas de asa com planeio. Tem um assobio longo e estridente e, nas horas quentes do dia, costuma voar em círculos sobre florestas e campos próximos. As harpias conservam energia se empoleirando silenciosamente, vendo e ouvindo por longos períodos de tempo. Elas caçam com curtas e rápidas investidas. As fêmeas, maiores, caçam presas mais pesadas do que os menores, mais ágeis e rápidos machos. Estas técnicas complementares podem aumentar as chances de sucesso na obtenção de comida. Grandes presas, como preguiças e macacos, costumam ser consumidas parcialmente até poderem ser transportadas para o ninho.
Reprodução
As harpias, como as águias em geral, são monogâmicas, unindo-se por toda a vida. Elas fazem ninhos em árvores muito altas, com galhos bem separados, de até 40 metros de altura. O casal dá uma cria a cada dois ou três anos. O período reprodutivo vai de junho a novembro e o período de incubação é de 2 meses. As fêmeas depositam um ovo ou dois, mas, caso ambos os ovos sejam incubados com sucesso, em condições naturais somente o primogênito sobrevive, já que o filhote maior invariavelmente matará o menor (este "cainismo" é comum a várias espécies de águia, e permite estratégias de conservação baseadas na remoção do filhote menor do ninho para criação artificial).
O filhote testa suas asas com seis meses. No entanto, fica sob os cuidados dos pais, sendo alimentado, por outros seis a dez meses, mantendo, assim, uma longa dependência. A maturidade sexual é atingida aos quatro ou cinco anos e o indivíduo pode retornar ao mesmo ninho em que nasceu.
[editar]Perigos à sua sobrevivência
Destruição de seu habitat, uma vez que necessita de grandes áreas para viver. Atualmente, a harpia encontra-se praticamente restrita à floresta amazônica.
É ameaçada pela caça predatória, por ser considerada perigosa para as criações de animais domésticos.
De acordo com a ONG estadunidense Peregrine Fund, que se dedica à proteção internacional de aves de rapina diurnas, a harpia é uma espécie "dependente de conservação", na medida em que o declínio da espécie em toda a sua área de ocorrência, produzido principalmente pelo desmatamento, exige políticas ativas de conservação e/ou reprodução em cativeiro, que impeçam que a ave se torne uma espécie imediatamente ameaçada de extinção. O Peregrine Fund realizou, aliás, algumas experiências bem-sucedidas de criação em cativeiro e libertação de harpia em uma reserva florestal no Panamá.
Dragão Komodo
Dragão-de-komodo (AO 1990: dragão-de-comodo) ou crocodilo-da-terra (Varanus komodoensis) é uma espécie de lagarto que vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores, na Indonésia.[2] Pertence à família de lagartos-monitores Varanidae, e é a maior espécie de lagarto conhecida, chegando a atingir 2–3 m de comprimento e 70 kg de peso. O seu tamanho invulgar é atribuído a gigantismo insular, uma vez que não há outros animais carnívoros para preencher o nicho ecológico nas ilhas onde ele vive, e também ao seu baixo metabolismo.[3][4] Como resultado deste gigantismo, estes lagartos, juntamente com as bactérias simbiontes, dominam o ecossistema onde vivem.[5] Apesar dos dragões-de-comodo comerem principalmente carniça, eles também caçam e fazem emboscadas a presas incluindo invertebrados, aves e mamíferos.
A época de reprodução começa entre maio e agosto, e os ovos são postos em setembro. Cerca de vinte ovos são depositados em ninhos de Megapodiidae abandonados e ficam a incubar durante sete a oito meses, e a eclosão ocorre em abril, quando há abundância de insectos. dragões-de-comodo juvenis são vulneráveis e, por isso, abrigam-se em árvores, protegidos de predadores e de adultos canibais. Demoram cerca de três a cinco anos até chegarem à idade de reprodução, e podem viver até aos cinquenta anos. São capazes de se reproduzir por partenogénese, no qual ovos viáveis são postos sem serem fertilizados por machos.
Os dragões-de-comodo foram descobertos por cientistas ocidentais em 1910. O seu grande tamanho e reputação feroz fazem deles uma exibição popular em zoológicos. Na natureza, a sua área de distribuição contraiu devida a actividades humanas e estão listadas como espécie vulnerável pela UICN. Estão protegidos pela lei da Indonésia, e um parque nacional, o Parque Nacional de Komodo, foi fundado para ajudar os esforços de protecção.
O dragão-de-comodo é conhecido, para os nativos da ilha de Komodo, como ora, buaya darat (crocodilo da terra) ou biawak raksasa (monitor gigante).[6][7]
Detalhe da pele de um dragão-de-comodo.
Robusto e com aparência de dinossauro, pode medir até 3,5 m de comprimento e pesar até 125 kg. A cor de sua pele é cinzenta e marrom. Sua dieta baseia-se em porcos selvagens (javalis), cabras, veados, búfalos, cavalos, macacos, dragões-de-comodo menores, insectos e até seres humanos. Também se alimenta de carniça de animais e, com o seu faro, pode localizar uma carcaça de animal a quilômetros de distância, sendo capaz de devorá-la por completo.
Cada uma das quatro patas do dragão-de-comodo possui cinco garras. No interior de sua mandíbula habitam bactérias letais, sendo que os animais que conseguem escapar de suas garras acabam morrendo por infecções. Para se alimentar de animais vivos, o dragão derruba a sua vítima com a sua cauda e depois corta-o em pedaços com os dentes. Quando trata-se de animal grande, como um búfalo, o dragão ataca-o sorrateiramente com uma mordida e espera o animal morrer pela infecção produzida pelas bactérias. O lagarto segue a vítima durante algum tempo até que a infecção se encarrega de prostrá-la, quando é então calmamente devorada. Costuma comer primeiro a língua e as entranhas, suas partes preferidas.
São ovíparos, colocando de quinze a trinta e cinco ovos por fêmea, na areia, ao final da estação das chuvas. Os ovos abrem-se depois de seis a oito semanas. Ao nascer, os pequenos dragões têm de 20 a 25 cm de comprimento. Vivem, em média, cinquenta anos. Nas ilhas onde são encontrados, os dragões-de-comodo são uma grande atração turística, apesar de haver registro da morte de um turista atacado por um dragão. Entretanto, normalmente não são animais agressivos, já que os habitantes locais convivem com eles diariamente nas praias.
São ovíparos, colocando de quinze a trinta e cinco ovos por fêmea, na areia, ao final da estação das chuvas. Os ovos abrem-se depois de seis a oito semanas. Ao nascer, os pequenos dragões têm de 20 a 25 cm de comprimento. Vivem, em média, cinquenta anos. Nas ilhas onde são encontrados, os dragões-de-comodo são uma grande atração turística, apesar de haver registro da morte de um turista atacado por um dragão. Entretanto, normalmente não são animais agressivos, já que os habitantes locais convivem com eles diariamente nas praias.
dragões-de-comodo.
Existem outras espécies de lagartos gigantes, como o Varanus griseus, que é um animal terrestre, e o Varanus niloticus, que é um réptil com hábitos anfíbios, passando boa parte de sua vida na água. Vivem na África, sul da Ásia, Indonésia e Austrália. Variam muito de tamanho. O menor deles apresenta apenas 20 cm de comprimento.
O dragão-de-comodo usa a sua língua para detectar estímulos de sabor e cheiro, tal como em muitos outros répteis, com o sentido vomeronasal usando o órgão de Jacobson, um sentido que ajuda a navegação no escuro.[11]
Um dragão-de-comodo na Ilha Komodo usa a língua para amostrar o ar.
Com a ajuda de um vento favorável e do seu hábito de balançar a cabeça de um lado para o outro enquanto anda, os dragões-de-comodo são capazes de detectar carcaças a uma distância de 4-9,5 km[12].[13]
As narinas do dragão não são úteis para cheirar, pois estes animais não têm diafragma.[12][14] Apresentam apenas algumas papilas gustativas na parte de trás da sua garganta.[11] As escamas, algumas reforçadas com osso, têm placas sensoriais ligadas a nervos que facilitam o sentido do tacto. As escamas à volta das orelhas, lábios, queixo e das solas dos pés podem ter três ou mais placas sensoriais.[12]
O dragão-de-comodo não possui um sentido da audição particularmente apurado, apesar do canal auditivo ser bem visível, e é só capaz de ouvir sons entre os 400 e os 2000 hertz[15].[7] É capaz de ver até aos 300 m mas, como as suas retinas só possuem cones, julga-se que tenham má visão nocturna. O dragão-de-comodo é capaz de ver a cores, mas tem pouca discriminação visual de objectos estacionários.[13]
Anteriormente, pensava-se que o dragão-de-comodo era surdo, pois um estudo relatou ausência de agitação em dragões-de-comodo selvagens em resposta a sussurros, vozes alta ou gritos. Isto foi contestado quando Joan Proctor, empregada do Zoológico de Londres, treinou uma espécie em cativeiro para sair da sua toca à espera de comida, depois de ouvir a sua voz e mesmo que ele não a conseguisse ver.[16]
Evolução
O desenvolvimento evolutivo do dragão-de-comodo teve início com o género Varanus, que se originou na Ásia há cerca de 40 milhões de anos e migrou para a Austrália. Há cerca de 15 milhões de anos, uma colisão entre a Austrália e o Sudoeste Asiático permitiu que os varanídeos se deslocassem para o que é agora o arquipélago indonésio. Crê-se que o dragão-de-comodo se diferenciou dos seus ancestrais australianos há 4 milhões de anos, estendendo a sua área de distribuição para Este até à ilha de Timor. A Idade do Gelo, com a subida dramática do nível da água do mar, formou as ilhas onde os dragões-de-comodo habitam, isolando-os nas sua área de distribuição actual
Grande plano do pé e cauda de um dragão-de-comodo.
Ecologia
O dragão-de-comodo prefere lugares quentes e secos e tipicamente vive em zonas de pasto abertos, savana e floresta tropical em elevações baixas. Sendo um animal ectotérmico, está mais activo durante o dia, apesar de exibir alguma actividade nocturna. Os dragões-de-comodo são maioritariamente solitários, juntando-se com outros apenas para acasalar e comer. São capazes de correr rapidamente em curtos disparos, até 20 km por hora, mergulhar até 4,5 m e trepar a árvores enquanto novos usando as suas garras.[17] Para apanhar presas que estão fora do alcance, os dragões-de-comodo pode erguer-se nas suas patas traseiras e usar a sua cauda como apoio.[16] Quando o dragão-de-comodo atinge o estado adulto, as suas garras são usadas primariamente como armas, pois o seu grande tamanho faz com que trepar a árvores não seja prático.[12]
O dragão-de-comodo, para se abrigar, cava buracos com os seus membros anteriores e garras, que podem medir de 1 a 3 m de largura.[18] Devido ao seu grande tamanho, e hábito de dormir nestas covas, é capaz de conservar o calor corporal durante a noite diminuindo o tempo que precisam de estar ao sol para manter a temperatura corporal no dia seguinte.[19] O dragão-de-comodo caça tipicamente durante a tarde, mas permanece na sombra durante a parte mais quente do dia.[20] Estes locais de repouso especiais, normalmente localizados em falésias expostas à brisa fria do mar, são marcados com fezes e a vegetação é eliminada. Servem também como local estratégico de onde emboscar veados.[
Dieta
dragões-de-comodo em Rinca.
Os dragões-de-comodo são carnívoros. Apesar de comerem principalmente carniça,[3] também emboscam presas vivas com um ataque furtivo. Quando presas adequadas chegam perto de um local de emboscada de um dragão, este irá subitamente à carga sobre o animal e tentará atingir a parte de baixo da garganta.[12] É capaz de localizar a sua presa através do seu olfacto apurado, que consegue localizar um animal morto ou moribundo até uma distância de 9,5 km.[12] Também já foram observados a deitar abaixo grandes porcos e veados com a sua cauda.[22]
Estes animais comem rasgando pedaços grandes de carne e engolindo-os inteiros enquanto seguram a carcaça com as patas anteriores. Para presas pequenas (até ao tamanho de uma cabra), conseguem engoli-las inteiras, usando as suas mandíbulas pouco articuladas, crânio flexível e estômago expansível. O conteúdo vegetal do estômago e intestinos são tipicamente evitados.[21] Quantidades copiosas de saliva vermelha produzida pelos dragões-de-comodo ajudam a lubrificar a comida, mas ainda assim a deglutição demora muito tempo (15-20 minutos para engolir uma cabra). Os dragões-de-comodo tentam por vezes acelerar o processo espetando a carcaça contra uma árvore para forçá-las a descer a sua garganta, chegando a deitar árvores abaixo.[21] Para prevenir que sufoquem enquanto engolem, respiram usando um tubo pequeno debaixo da língua que se liga ao pulmão.[12] Depois de comerem até 80 por cento do seu peso corporal numa refeição,[5] arrasta-se até um sítio solarengo para acelerar a digestão, pois a comida pode apodrecer e envenená-los se deixada por digerir muito tempo. Devido ao seu metabolismo lento, dragões grandes podem sobreviver com apenas 12 refeições por ano.[12] Depois da digestão, o dragão-de-comodo regurgita uma massa de cornos, cabelo e dentes, que está coberto num muco mal-cheiroso. Depois da regurgitação, esfrega a cara na poeira ou nos arbustos para se livrar do muco, sugerindo que, tal como os humanos, não aprecia o cheiro das suas próprias excreções.[12]
Jovem dragão-de-comodo em Rinca alimentando-se de uma carcaça de búfalo-asiático.
Os animais maiores geralmente comem primeiro, enquanto os mais pequenos seguem uma hierarquia. O macho maior afirma a sua dominância e os machos mais pequenos mostram a sua submissão usando linguagem corporal e silvos. Dragões de tamanho igual podem recorrer a uma "luta livre". Os vencidos normalmente retiram-se, apesar de alguns já terem sido observados a ser mortos e comidos pelos vencedores.[12]
A dieta do dragão-de-comodo é abrangente e inclui invertebrados, outros répteis (incluindo dragões mais pequenos), aves, ovos de aves, pequenos mamíferos, macacos, javalis, cabras, veados, cavalos e búfalos.[23] Komodos juvenis comem insectos, ovos, osgas, e pequenos mamíferos[3] Ocasionalmente, também podem consumir humanos e cadáveres de humanos, escavando corpos de sepulturas pouco fundas.[16] Este hábito de saltear sepulturas fez com que os habitantes de Komodo movessem os seus cemitérios de solos arenosos para argilosos e que empilhassem rochas em cima delas para impedir os lagartos.[21] Os dragões-de-comodo podem ter evoluído para se alimentarem do elefante-pigmeu Stegodon que chegou a viver em Flores, de acordo com o biólogo evolutivo Jared Diamond.[24] Estes animais também já foram observados a assustar intencionalmente um veado fêmea na esperança de provocar um aborto espontâneo cujos restos pudessem ser comidos, uma técnica que também já foi observada em grandes predadores africanos.[24]
Como os dragões-de-comodo não tem diafragma, não conseguem sugar água quando bebem, nem lambê-la com a língua. Em vez disso, eles bebem enchendo a boca com água, levantando a cabeça e deixando que a água desça pela garganta.[12]
Um dragão-de-comodo a dormir. Note as garras curvadas e compridas, usadas em lutas e na alimentação.
Em finais de 2005, investigadores da Universidade de Melbourne concluiram que o Varanus giganteus, uma outra espécie de monitor, e Agamidae podem ser venenosos. Pensava-se que mordeduras feitas por estes lagartos propiciavam infecções por causa das bactérias presentes na boca dos animais, mas a equipe de pesquisa mostrou que os efeitos imediatos eram causados por envenenamento ligeiro. Mordeduras em dedos de humanos por Varanus varius, um dragão-de-comodo e por um Varanus scalaris foram observadas, e todas produziram resultados semelhantes em humanos: inchaço rápido no espaço de minutos, interrupção localizada da coagulação do sangue, dor fulminante até ao cotovelo, alguns sintomas durando várias horas.[25]
Veneno e bactérias
Os dragões-de-comodo possuem também bactérias virulentas na sua saliva, das quais foram isoladas mais de 28 estirpes Gram-negativas e 29 Gram-positivas.[26] Estas bactérias provocam septicémia nas suas vítimas; se uma mordidela inicial não matar a presa e ela escapa, irá normalmente sucumbir no espaço de uma semana devido à infecção resultante. As bactérias mais mortíferas na saliva destes animais parecem ser uma estirpe altamente mortífera de Pasteurella multocida, segundo estudos realizados com ratos de laboratório.[27] Não há nenhum antídoto específico para as mordeduras de dragões, mas é normal sobreviver-se, se a área afectada for limpa e o paciente for tratado com antibióticos. Se não for tratado rapidamente, pode desenvolver-se gangrena à volta do local ferido, o que pode requerer que a área afectada seja amputada. Como estes lagartos parecem ser imunes aos seus próprios micróbios, muita pesquisa tem sido feita à procura da molécula antibacteriana na esperança que seja útil para a medicina humana
Reprodução
Nesta imagem, a cauda longa e as garras são claramente visíveis.
O acasalamento ocorre entre Maio e Agosto, sendo os ovos postos em Setembro.[7] Durante este período, os machos lutam pelas fêmeas e território agarrando-se um ao outro enquanto estão levantados nas patas posteriores. O perdedor é eventualmente deitado ao chão. Estes machos podem vomitar ou defecar enquanto se preparam para a luta.[16] O vencedor da luta irá depois mostra a língua à fêmea para receber informação sobre a sua receptividade.[5] As fêmeas são antagonistas e resistem com as suas garras e dentes durante as primeiras fases do cortejo. Por isso, o macho tem de prender a fêmea totalmente durante o coito para evitar ferir-se. Outras cerimónias de acasalamento incluem machos esfregando o seu queixo na fêmea, arranhadelas nas costas e lambidelas.[29] A copulação ocorre quando o macho inserte um dos seus hemipénis na cloaca da fêmea.[13] Os dragões-de-comodo podem ser monógamos e formar um par estável, um comportamento raro em lagartos.[16]
Nesta imagem, a cauda longa e as garras são claramente visíveis.
A fêmea põe os seus ovos em tocas escavados nas vertentes de uma elevação ou em ninhos abandonados de Megapodius reinwardt, com preferência para os ninhos abandonados.[30] A postura normalmente consiste de uma média de 20 ovos que estiveram em incubação durante 7 a 8 meses.[16] A fêmea deita-se em cima dos ovos para os incubar e proteger até que eclodem por volta de Abril, no fim da época chuvosa quando há abundância de insectos. Para os juvenis, a saída da casca é um processo cansativo. Eles usam um dente especial que cai passado pouco tempo. Depois de cortarem a casca, os lagartos recém-eclodidos permanecem dentro da casca durante algumas horas antes de escavarem para fora do ninho.[12] Jovens dragões-de-comodo passam grande parte dos seus primeiros anos em árvores, onde estão a salvo de predadores, incluindo adultos canibalescos, que fazem de dragões juvenis 10% da sua dieta.[16] Segundo David Attenborough, o hábito de canibalismo pode ser vantajoso em suster o tamanho grande dos adultos, pois presas de tamanho médio são raras na ilha.[22] Quando um jovem tem de aproximar-se de uma presa, rebolam em fezes e descansa em cima de intestinos de animais esvicerados para deter estes adultos esfomeados[16] Os dragões-de-comodo tomam cerca de três ou cinco anos a se tornarem maduros, e podem viver até aos 50 anos
dragão-de-comodo partenogénico bebé, Zoológico de Chester, Inglaterra
Partenogénese
Uma dragão-de-comodo no Zoológico de Londres chamada Sungai fez uma postura de ovos no fim de 2005 depois de estar separada de qualquer companhia masculina durante mais de dois anos. Os cientistas assumiram inicialmente que ela tinha sido capaz de armazenar esperma desde o seu contactos anteriores com um macho, uma adaptação conhecida como superfecundação.[31] A 20 de Dezembro de 2006 foi relatado que Flora, uma dragão-de-comodo que vivia no Zoológico de Chester de Inglaterra, era a segunda dragão-de-comodo que fez uma postura de ovos não-fertilizados: ela pôs 11 ovos, sete dos quais eclodiram, todos eles machos.[32] Cientistas de Universidade de Liverpool no Norte de Inglaterra fizeram testes genéticos aos três ovos que colapsaram quando foram transferidos para uma incubadora, e verificaram que a Flora não tinha tido contacto físico com um dragão macho. Após ser descoberta a condição dos ovos de Flora, testes mostraram que os ovos de Sungai também tinham sido produzidos sem fertilização externa.[33]
Estes animais tem o sistema de determinação do sexo ZW em contraste com o sistema XY presente nos mamíferos. O facto de só terem nascido machos, mostra que os ovos não-fertilizados eram haplóides (n) e que duplicaram os seus cromossomas mais tarde para se tornarem diplóides (2n) (sendo fertilizados por um corpo polar, ou por duplicação dos cromossomas sem divisão celular, ao invés de ela por ovos diplóides por falha de uma das divisões meióticas reductores). Quando uma dragão-de-comodo fêmea (com os cromossomas sexuais ZW) se reproduz dessa maneira, fornece à sua prole apenas um cromossoma de cada par que possui, incluindo apenas um dos seus dois cromossomas sexuais. Este conjunto singular de cromossomas é duplicado no ovo, que se desenvolve partongeneticamente. Ovos que recebem um cromossoma Z tornam-se ZZ (macho); os que recebem um cromossoma W tornam-se WW e não se desenvolvem.[34][35]
Foi sugerido que esta adaptação reprodutora permite que uma fêmea sozinha entre num nicho ecológico isolado (tal como uma ilha) e produzem machos por partenogénese, estabelecendo assim uma população capaz de se reproduzir sexualmente (através de reprodução com os seus descendentes que pode resultar na produção tanto de machos como de fêmeas).[34] Apesar das vantagens de tal adaptação, os zoológicos estão avisado que a partenogénese é prejudicial para a diversidade genética,[36] devida à óbvia necessidade de cruzamento entre a única fêmea mãe com os seus descendentes macho.
Em 31 de janeiro de 2008, o Zoológico de Sedgwick County, em Wichita, no Kansas, tornou-se o primeiro da América a documentar partenogénese em dragões-de-comodo. O zoológico tem duas fêmeas adultas, uma das quais pos 17 ovos em Maio de 2007. Só dois destes ovos foram incubados e eclodiram por falta de espaço; o primeiro nasceu em 31 de Janeiro de 2008 enquanto que o segundo saiu a 11 de Fevereiro. Ambos eram machos.[37][38]
Preservação
O dragão-de-comodo é uma espécie vulnerável e está listada na Lista vermelha da IUCN.[43] Há aproximadamente 4-5 mil dragões-de-comodo na natureza. As suas populações estão restritas às ilhas de Gili Motang (100), Gili Dasami (100), Rinca (1300), Komodo (1700) e Flores (talvez 2000).[2] No entanto, há preocupação que só haja actualmente somente 350 fêmeas reprodutoras.[6] Para responder a esta questão, foi fundado o Parque Nacional de Komodo em 1980 para proteger as populações dos dragões-de-comodo nas ilhas de Komodo, Rinca e Padar.[44] Mais tarde, as reservas de Wae Wuul e Wolo Tado foram abertas em Flores para ajudar à conservação destes animais.[42] Há evidências que os dragões-de-comodo estão a ficar habituados à presença humana, pois turistas costumam dar-lhes carcaças de animais em várias estações de alimentação.[3] O estado de espécie ameaçada destes animais deve-se a actividade vulcânica, terramotos, perda de habitat, incêndios (a população de Padar foi quase destruída por causa de um incêndio florestal, e desde então desapareceu misteriosamente),[12][42] diminuição do número de presas, turismo e caça furtiva. Sob o Apêndice I da CITES (a Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção), o comércio de peles ou espécimes é ilegal.[14][45]
O biólogo australiano Tim Flannery sugeriu que a introdução de dragões-de-comodo pode beneficiar o ecossistema australiano, pois poderia ocupar o nicho de grande carnívoro deixado livre pela extinção do grande varano Megalania. No entanto, ele aconselha muita cautela e uma introdução gradual em experiências de aclimatização, especialmente porque "o problema da predação de grandes varanídeos sobre humanos não pode ser menosprezado". Ele usa o exemplo da coexistência bem sucedida com o crocodilo-de-água-salgada como prova que os australianos poderiam adaptar-se facilmente.[46]
Apesar da raridade dos ataques, os dragões-de-comodo são conhecidos por matar humanos. Em 4 de Junho de 2007, um dragão atacou um rapaz de oito anos na Ilha Komodo. Mais tarde, ele morreu de hemorragias resultantes das suas feridas. Foi o primeiro ataque fatal registado em 33 anos.[47] Os nativos culparam o ataque aos ambientalistas que não vivem na ilha que proibiram os sacrifícios de cabras, o que causou que fosse negado aos dragões-de-comodo a fonte de comida esperada, fazendo com que os animais vagueassem para dentro de territórios humanos à procura de comida. Para os nativos da Ilha Komodo, estes animais são a reencarnação dos seus antepassados, e são por isso tratados com reverência.[48]
dragão-de-comodo no Smithsonian National Zoological Park. Apesar de apresentar ouvidos vísiveis, os dragões não ouvem muito bem.
Em cativeiro
Desde há muito tempo, os dragões-de-comodo são grandes atracções em zoológicos, pois o seu tamanho e reputação fazem com que sejam uma exibição popular. São, no entanto, raros em zoológicos devido à susceptibilidade a infecções e doenças causadas por parasitas se capturados da natureza e não se reproduzem prontamente.[6]
O primeiro dragão-de-comodo foi exibido em 1934 no Smithsonian National Zoological Park, mas só viveu dois anos. Mais tentativas de exibir dragões-de-comodo foram feitas, mas o tempo de vida destas criaturas era muito curta, numa média de cinco anos no National Zoological Park. Estudos feitos por Walter Auffenberg, que estão documentados no seu livro The Behavioral Ecology of the Komodo Monitor, eventualmente permitiu uma gestão e reprodução mais eficiente dos dragões em cativeiro.[2]
Tem sido observado em dragões em cativeiro que muitos indivíduos demonstram comportamento relativamente manso durante um período de tempo em cativeiro pequeno. Várias ocorrências são relatadas onde tratadores levaram os animais fora dos seus cercados para interagir com visitantes ao zoológico, incluindo crianças pequenas, sem efeitos nocivos.[49][50] Dragões também são capazes de reagir de maneira diferente quando apresentados ao seu tratador normal, um tratador menos familiar ou um tratador completamente estranho.[51]
Pesquisa com dragões em cativeiro tem também fornecido evidências que eles jogam. Um estudo incidiu sobre um indivíduo que empurrava uma pá deixada pelo seu tratador, aparentemente atraído pelo som da pá a raspar pela superfície rochosa. Uma fêmea jovem no National Zoo em Washington, DC agarrava e abanava vários objectos incluindo estátuas, latas de bebidas, sapatos e outros objectos. Ela não confundia estes objectos com comida, pois só os engolia se estivessem cobertos em sangue de rato. Estes jogos sociais levaram à comparação com jogos efectuados por mamíferos.
dragões-de-comodo no Zoológico de Toronto. Em cativeiro, estes animais ficam muitas vezes gordos, especialmente nas suas caudas, devida à alimentação regular.
Outro caso de jogos documentados em dragões-de-comodo vem da Universidade do Tennessee, onde uma jovem dragão-de-comodo de nome "Kraken" interagiu com anéis de plástico, um sapato, um balde, e uma lata de alumínio com o seu focinho, acertando neles e carregando-os de um lado para o outro na sua boca. Ela tratou-os a todos de maneira diferente do que à sua comida, o que levou o investigador Gordon Burghardt a concluir que este comportamento não era relacionado com a alimentação. A Kraken for a primeira dragão-de-comodo que eclodiu em cativeiro fora da Indonésia, nascida no National Zoo em 13 de Setembro de 1992[52].[7]
Mesmo dragões aparentemente dóceis podem tornar-se agresivos imprevisivelmente, especialmente quando o seu território é invadido por alguém pouco familiar. Em Junho de 2001, um dragão-de-comodo feriu Phil Bronstein (editor executivo do San Francisco Chronicle) gravemente quando ele entrou no seu cercado no Zoológico de Los Angeles depois de ter sido convidado pelo tratador. Bronstein foi mordido no seu pé que estava descalço, pois o tratador tinha-lhe dito para tirar os seus sapatos brancos, pois estes poderiam excitar o dragão.[53][54] Apesar de ter escapado com vida, precisou que vários tendões do seu pé fossem re-ligados cirugicamente.[55]
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